sexta-feira, 3 de junho de 2011

Café frio

- Esse ''quê'' de drogado e a barba descomunal
quando comparada a minha idade,
não são coisas muito... atrativas, se é que me entendes?
Claro! diz ele ainda olhando fixamente para o espelho.
--Risos--
Acende um cigarro que se faz dois.
- Isso ainda vai acabar nos matando.
- É, talvez, mas não hoje,
ele vai esperar eu ficar feliz pra poder tirar mais alguma coisa de mim.
- Somos mais de dois?
- Sim, claro meu caro amigo, somos mil, cinco mil talvez.
- E como lidar com isso?
Ele pisca e responde
- Quando souberes essa, faça-me o favor de não compartilhar.
- Seria algo terrível não ter sobre o que escrever.
- E isso vale a tristeza?
- A vale, vale até mais! Vale vidas eu diria...
Mais uma tragada e a fumaça se dissipa no ar, assim como a conversa...


6 comentários:

  1. a car que bom ver um post novo seu

    e como sempre bom ,um roteiro isso?Talvez!
    o importante é q ta bem escrito e com as lombras de sempre =)

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  2. =DDD

    Adoro que teus textos sempre mostram uma certa "aceitação da amargura", com muita ironia claro.,
    mas o que mais gosto neles, é que ao lê-los consigo te enxergar perfeitamente, o que dá a eles uma característica muito importante: autonomia. E até fisionomia, porquê não conseguiria imaginar outro eu-lírico reflexivo, com uma "aura" nicotinal e uma "barba descomunal" que não tu mesmo!

    Tá cada vez melhor esse blog aí Lipe!!
    Abração!

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  3. adorei o texto muiiito a cara do woody allen
    ....tou seguindo de jahhh
    se retribuir lhe serei grato
    abração
    http://meninos-cor-de-rosa.blogspot.com/

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  4. ótimo texto!
    parabéns pelo blog!
    está ótimo tudo aqui!
    sucesso.

    http://manuscritoperdido.blogspot.com/

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  5. interessante o texto...bem escrito...parabens..

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  6. aposto que essa conversa foi com o Fumaça....rsrsrs

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