terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dos tormentos as piadas...


E la estava ele mais uma vez,em frente ao seus papéis, ele brincava com
as formas bonitas tomadas pela fumaça que contra luz causava efeitos delicados,
tinha uma visão embaçada do horizonte devido a uma janela persiana deveras incomodativa,
o frio castigava seus pés e outras extremidades, confusão era o que ele via, não sabia mais o que sentia,
algo extremamente irritante para um poeta meia boca e inquieto, as ações alheias só lhe causavam mais dúvidas, ele estava ali como um mero espectador de sua vida, o dia estava bonito, ele decidira não dormir
decidira que seria mais inteligente esperar o sono lhe derrubar, ele não sabia o por que da decisão
mas não fazia nenhum sentido dormir agora, com tantas coisas acontecendo la fora, tanta gente viva, realmente viva, sentia um pouco de inveja e um pouco de pena devido a tanta ilusão gerada mutuamente, a ilusão? Dádiva concedida ao homem para gerar instantes de felicidade falsa, antes que ele encontre alguma verdadeira, ''e ela lá existe?'' perguntou seu subconsciente insistindo em lhe derrubar, ''vá dormir!'' disse ele em voz calma ao subconsciente, ''Tu já estás deveras chato para mantermos uma conversa a essa hora da manhã'' disse ele no mesmo tom de voz, o subconsciente ofendido e disposto a derruba-lo disse'' se eu estou deveras chato tu também estás! esquecestes que sou uma parte de ti?!'' ''Não, não seu sub tolo!'' disse ele em tom de deboche.''Jamais esquecerei disso, até por que tu ficas ai nesta pomposidade, te dirigindo a mim como um amigo, pensas que me esqueço que és tu que traz as memórias e fantasmas que me atormentam noite após noite?'' disse ele agora de volta ao seu tom de voz normal. ''O subconsciente irritado ataca em tom de revolta ''Tu és um arisco! te assemelhas a um gato do mato sem educação!'' Ele rindo responde ''E tu um traiçoeiro, te assemelhas muito a uma destas cobras que rastejam por ai, logo, estamos quites!' agora anda! Te bandeia daqui antes que eu te de uns bons sopapos!'' ,E então o subconsciete se foi contrariado e balbuciando algumas maldições ao vento, e ele ficou ali rindo de si mesmo após esse diálogo com a loucura..


sábado, 9 de outubro de 2010

As danças descompassadas ao acaso.


E o silêncio das ruas naquela tarde ainda me fazia lembrar,
Eu estava diferente, fui forçado a ser diferente, buscando
beijos e felicidades momentâneas que cabem perfeitamente em frases feitas.
A embriaguez provocada por memórias era iminente,
caminhando em preto e cinza perdido em mares turbulentos,
pedindo muito de mim mesmo, vou tentando parar com ilusões
e estereótipos de felicidade que nunca me serviram muito bem.
As margens de uma encosta me ocorreu como uma daquelas
conversas que se tem consigo mesmo

''e eu deixei tudo pra traz, não que isso realmente importe agora,
não vai fazer diferença nenhuma.''

Resta-me dançar a melodia torpe da vida, até meus pés de cansaço
não suportarem mais o peso de meu corpo, até alguém estender a mão e me tirar do transe,
até que eu desligue a razão, até que e eu pare com a encenação, até la, tudo que eu digo é ''apenas dance...