quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E o ator se cansa.


E pronto, com simples atos minha vida se desenrola como
um roteiro de alguma peça esquecido e sendo apagado pelo tempo,
palavras foram ditas e mágoas submergiram, hoje tudo me parece insosso,
sem graça e banal, eu não era assim, eu era feliz, tudo era mais simples
sentimentos não eram complicados na minha concepção de vida, hoje me sinto
sozinho, como aquele velho cujo o mal humor afastou a todos, tenho tido
como passa tempo observar, só observar, não expressar minha opinião e tudo
que vejo são folhas caindo, ali, no chão, tão fáceis de serem pisadas e
levadas pelo vento, a situação não é desesperadora, não é decadente e nem
ao menos é miserável, ela simplesmente não é feliz, é vazia, fria, até mesmo
assustadora eu ousaria dizer, tenho medo que a felicidade que eu pensava viver
não existir realmente, pessoas são complicadas e ruins, dias são curtos e frios,
só me resta caminhar...

domingo, 22 de agosto de 2010

Fantasma adormecido.


Os sons do casal próximo pedia uma dose de álcool já inexistente em meu sangue,
levantar a cabeça e sorrir em locais cuja fumaça do tabaco era espessa e inconstante,
eu queria parar o trem e descer um pouco de minha vida, coisa difícil, talvez impossível de ser feita hoje em dia, algumas saudades, dores de cabeça
e alguns fantasmas novos a me afetar, o medo era constante embora minha racionalidade
me impeça de ver minha atual condição como algo ruim, minha mente e meu coração se confundiam e se entrelaçavam dizendo que havia realmente algo errado, me confundia o fato de não me sentir completamente feliz, o desleixo aparente de minhas vestes mostrava que algo estava indiscutivelmente errado, era um ultraje me sentir anormalmente comum e mais um em uma multidão, acontecimentos recentes demonstravam minha maturidade diante a uma dor adormecida que insistia em aparecer em pequenas coisas, algo que eu não preciso gritar para demonstrar, algo que eu não gosto de demonstrar, algo que eu gostaria de enterrar, algo que não vai voltar.