domingo, 27 de novembro de 2011

Por quê? Diante do que?

E as construções continuarão bonitas, ao passo de que tu nunca será lembrado ou lembrada.
E as distancias ainda serão vencidas, mesmo que no ápice da sabedoria a sapiência e a honestidade continuarão escassas. Será sempre a contradição do muito conhecimento não ter resultado em nada. Será sempre a oscilação fria desse universo onde tudo que é humano é um engano. Será sempre a concepção psíquica e a importância será a de quantas polegadas tem o aparelho de televisão. A de quanta capacidade o que transmitirá as mentiras tem de ser idolatrado. Tudo que for livre será julgado, tudo que não for metrificado, que não se fizer sólido, líquido ou gasoso. Será desacreditado, será exposto e mostrado como exemplo de desgosto.
A questão não é a de se curvar, a questão é diante de que curvar-se, a questão é a falta de um motivo pra acreditar. Só nos resta acreditar que o que temos de consideravelmente bom, um dia foi considerado utopia. Não me refiro a falta de métrica, ou a significância disso tudo na poesia, me refiro ao pouco que nos faz sorrir, ao pouco que há muitos anos atrás não existia.