sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Futuro

Moro em uma cidade pequena
Onde vizinhos se abanam
Onde os bêbados se amam.
A frialdade das grandes me assusta.
A história de que o pensamento la é mais liberto não me apetece.
Mira a pampa e me diz: em que lugar poderíamos ser mais livres?
Em que lugar poderíamos pensar mais livres?
Sou como meus pais, vou abanar o zelador, ignorar o delator e julgar quem me julgou.
Sou refém do pouco amor, do meu próprio descaso.
Me assusta pegar a estrada, o medo do novo, tão batido e tão real.
O medo do tempo, tão confuso e desigual.
O medo do medo que atrasa, que faz mal.

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