quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um refúgio


E la estava ele, mais uma vez sentado no escuro.
Era sempre igual, ele sentava ali e tudo lhe vinha em mente,
discussões internas com um subconsciente não muito amigável,
saudades, tristezas, alegria, arrependimento... no dia de hoje não havia lhe
ocorrido nada de especial, ele estava meio perdido pois a tristeza que costumava se achegar para longas prosas regadas a cigarros e café não lhe acompanhava mais,
a solidão vinha sozinha o que lhe parecia mais frio do que o normal.
Ele preferia não ter preocupações, preferia não esperar por nada,
as coisas vem melhorando gradualmente, um alívio para os ombros
cansados de um crítico dramático e incurável.
Aos poucos seu jeito de ver as coisas amadurece e fica mais abrangente,
fazendo da vida uma ironia gigante passando despercebida aos olhos de muitos,
e ele ali, sentado, um mero espectador a essa imensidão.
No escuro? meu grito, meu distúrbio e em meus textos? um leito, um refúgio.


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